Crítica: "As Crônicas de Kane chegou para mostrar que Riordan irá muito além do que a mitologia Grega." disse o Sobre Livros


segunda-feira, 20 de dezembro de 2010
O site Sobre Livros, um site especializado em noticiar tudo que acontece no mundo literário, além de escrever resenhas sobre livros, e diversas coisas. Acabou de postar uma resenha sobre o primeiro volume da nova saga de livros de Rick Riordan, As Crônicas de Kane: A Pirâmide Vermelha. Na crítica o autor elogia muito e diz em um trecho da crítica:

Encerrando, As Crônicas dos Kane: A Pirâmide Vermelha chegou para mostrar que Riordan irá muito além do que a mitologia Grega, e para aqueles que querem saber se haverá uma mistura entre as duas num futuro próximo, eu diria que Riordan deixou uma leve ponta, que indica uma junção que pode acontecer mais adiante (algo que realmente mal posso esperar, admito).

Uma leitura realmente leve, mas que nem por isso deixa de ter conteúdo. Qual o resultado? Possível loucura até o segundo livro chegar aqui. A série terá no mínimo 3 livros, de acordo com o autor, e o segundo (sem título definido) chega as livrarias em Maio do ano que vem… Nos EUA. (tava bom demais pra ser verdade, né?).

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Resenha: A Pirâmide Vermelha – Rick Riordan

Quando falamos em mitologia egípcia, logo imaginamos no passado, em múmias, Deuses e maldições das tumbas. Porém, temos que admitir que mesmo sendo tão conhecido popularmente, o antigo Egito em si é algo que a maioria das pessoas desconhece quase totalmente, e esconde tantos mistérios que você poderia ficar sua vida inteira estudando e ainda assim não saberia de tudo.

Mas, pensando por outro lado, se a civilização egípcia tem muito mais que 3 mil anos, será mesmo que todos os seus costumes foram esquecidos? Será mesmo que uma civilização tão inteligente e tão concreta simplesmente desapareceria sem deixar rastros? Bom… se você está começando a se questionar agora, então bem vindo ao mundo de Karter e Sadie Kane.

Nossa gravação (sim, o livro é feito como se fosse uma gravação, ganhando uns bons pontos pela originalidade) começa numa visita bem pacata a Londres no Natal, onde o renomado egiptólogo Dr. Julius Kane e seu filho de 14 anos, Karter Kane, fazem a sua visita anual a Sadie, filha de Julius com 12 anos, irmã de Karter. Achou estranho? Bem, vou tentar explicar melhor: Desde a morte da mãe, a família Kane se dividiu por completo. Enquanto Karter ficou com seu pai viajando e conhecendo o mundo, Sadie foi forçada a ficar com seus avôs maternos em Londres, vivendo uma vida quase normal. E o mais impressionante nisso é que os dois se invejam, afinal Karter tem o convívio com o pai que Sadie tanto queria, enquanto ela tem amigos, uma casa e toda a vida normal que Karter tanto sonha. Assim, a família Kane passou a agir realmente como uma família apenas durante dois dias do ano.

Bom, voltando, tudo ia bem durante a visita, Julius quis levar seus filhos ao museu Britânico para verem uma relíquia egípcia (como se os dois já não tivessem visto a cota suficiente pra uma vida toda) e é aí que tudo dá errado… Resumindo: eles explodem o museu, perdem o pai e libertam forças tão antigas que são capazes de destruir o mundo num piscar de olhos (que ótima visita de fim de ano, não?). Agora, Karter e Sadie precisam colocar de lado suas diferenças e deverão agir realmente como irmão e irmã para enfrentar um perigo maior, e o pior disso é que estão totalmente sozinhos nessa… Ou será que não?

É com essa trama que entramos no mundo dos Kane, e se acham que eu já soltei spoilers demais, acreditem, o livro é muito maior do que isso. O autor soube como dar vida de forma suave e simples a uma das mitologias mais complexas que existem: A mitologia egípcia.

Falando no autor, acho que nem preciso fazer as apresentações, não é? Rick Riordan já tem tanto tempo de sucesso que dispensa qualquer uma. Pra começar, escreveu a tão aclamada série Percy Jackson e os Olimpianos (atualmente escrevendo uma espécie de continuação, a série Heróis do Olimpo). Então, fazer da história algo realmente bacana dando tantos detalhes quanto um ano inteiro de aulas já é algo que Rick faz de cor e salteado.

O enredo do livro é ótimo, com momentos altos e baixos seguidos uns dos outros e que o fazem sempre ansiar pelo próximo capítulo, com bons toques de ação, tristeza e comédia (característica clássica de Riordan, falando nisso).

Outra coisa que com toda certeza devemos admitir é que Riordan sabe criar personagens cativantes. Karter e Sadie Kane são uma dupla e tanto. Enquanto Karter tomou o papel do personagem mais certinho, mais obediente, Sadie é a ativa, a irônica e sarcástica. E além deles, todos os outros personagens têm suas características marcantes que nos fazem pensar: “hum, gosto mais desse, mas aquele também é ótimo”. Além disso, a forma como o autor apresenta e usa o preconceito racial existente no mundo para as crianças também é digna de mestre.

Quanto ao uso da mitologia egípcia, também é um assunto que nem preciso falar, não é? Se tem alguém que sabe como usar a mitologia e jogá-la na era moderna sem descaracteriza-la, esse alguém também é Rick Riordan, afinal, seu grande sucesso teve início com Percy Jackson.

Falando nisso, sei que muitos detestam, mas não posso deixar de fazer comparações com a série dos Olimpianos, e é agora que vem o lado ruim de tudo (como sempre digo: “nem tudo na vida são flores e rock’n roll”).

Como venho dizendo desde o começo da resenha, Rick usa e abusa de seu jeito clássico de escrita na obra, porém, isso pode soar realmente como “mais do mesmo”, para aqueles que já leram a série Percy Jackson e conhecem o estilo do autor.

Claro, não posso dizer que o livro não seja original, porque isso ele é de sobra, porém os elementos usados durante a escrita são facilmente percebidos, como os eventos que se seguem, a descrição das cenas de ação e etc. O pior de tudo isso? Se você parar para perceber todos estes detalhes, vai achar o livro um pouco previsível, e terá certa ideia do que acontecerá em várias partes da trama (apesar de outras serem uma surpresa e tanto).

Então, com toda certeza as pessoas que nunca leram a série Percy Jackson (algo quase impossível de se encontrar entre os leitores hoje em dia) vão gostar muito mais do que aqueles que já conhecem Rick e seu estilo. Ou seja, quando ler este livro, você não pode ficar procurando semelhanças entre as duas séries. Deve imaginar cada uma de maneiras separadas, senão não conseguirá aproveitar 100% do que o livro dispõe.

Encerrando, As Crônicas dos Kane: A Pirâmide Vermelha chegou para mostrar que Riordan irá muito além do que a mitologia Grega, e para aqueles que querem saber se haverá uma mistura entre as duas num futuro próximo, eu diria que Riordan deixou uma leve ponta, que indica uma junção que pode acontecer mais adiante (algo que realmente mal posso esperar, admito).

Uma leitura realmente leve, mas que nem por isso deixa de ter conteúdo. Qual o resultado? Possível loucura até o segundo livro chegar aqui. A série terá no mínimo 3 livros, de acordo com o autor, e o segundo (sem título definido) chega as livrarias em Maio do ano que vem… Nos EUA. (tava bom demais pra ser verdade, né?).
 
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